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Ano novo, quem? Parte IV

— PAI!? — Daniel exclamou mais uma vez olhando para aquele homem que acabou de derrubá-lo. Ele estava atordoado. Lucas escutou a confusão e foi correndo até o amigo com o papel na mão.


—  Pai? Que história é essa de “pai”? Eu só te derrubei, derrubei sem querer, você tava aí parado feito um dois de paus!


—  Não, senhor, é que ele tem costume de chamar todo mundo de pai, sabe? Hahaha pois é, é pai pra lá, é pai pra cá, até eu ele chama de pai às vezes, papai, hahahaha!


—  Lucas, para! Isso não tá ajudando! —  Daniel exclamou baixinho morrendo de vergonha da tentativa do amigo de defendê-lo, que parecia estar mais nervoso do que ele.


—  Espera. —  Lucas sussurrou. —  Pois é, senhor…?


—  João Novais.


—  Isso, senhor João Novais! —  Daniel arregalou os olhos quando o homem disse seu nome, era de fato o seu pai. —  Fique tranquilo que já tá tudo bem. A propósito, o senhor trabalha aqui?


—  Senhor? Pelas barbas do profeta! Por acaso eu pareço tão velho assim, moleque? Daqui a pouco vocês vão me chamar de tio!


—  Não, tio é o que tá lá em…


—  Não, hahaha é… Quis dizer, você trabalha aqui? —  Lucas perguntou enquanto tapou a boca de Daniel.


—  Trabalho sim, mas já estou atrasado. Bom, você não se machucou, não é? —  Daniel balançou a cabeça negativamente. —  Ótimo, então eu vou entrando. Um dia bom da gota pra vocês e feliz 79!


—  Bom dia! —  Lucas sorriu e acenou e depois que o homem entrou na parte de funcionários da padaria, tirou a mão da boca de Daniel.


—  Por que você fez isso?


—  Ficou maluco? Se você falar muito sobre a linha do tempo, ela pode se esfarelar mais cedo do que a gente espera. Você pode acabar ferrando com a linha do tempo se falar demais sobre o futuro!


—  Cara, como você sabe disso?


—  Como você não sabe? —  Lucas retrucou a pergunta de Daniel enquanto balançou a cabeça e ele apenas deu de ombros com um sinal de “que seja”. —  Tá, o importante é que a gente agora sabe onde encontrar o seu pai e que ele trabalha aqui.


—  Tá, mas como vamos garantir que ele e a minha mãe vão mesmo se conhecer na virada? Aliás, será que se eles se conhecerem mas se não for por intermédio do meu tio, eu vou sofrer consequências no futuro?


—  Talvez não muitas, só deve ficar um pouquinho mais ‘tan tan’


—  O quê? —  Daniel o olhou com uma expressão de ofensa e Lucas riu.


—  É brincadeira, amigo!


—  Tá bom, caramba… O pai sempre disse que as paixões dele são os pães e as cobras. Ele sabe tudo de cobras! De animais.  E você viu só, o pai também sempre foi bem bonito. Tive a quem puxar!


—  É, ele sim tá mais pra um modelo da Victoria Secret 's! Mas a gente tem que se concentrar. —  Lucas lembra do motivo pelo qual estão ali e começam a pensar em alguma solução. —  Amigo… Não sei se a gente vai conseguir passar pelo portal, voltar pro nosso tempo e trazer o seu tio pra cá de volta antes da virada pra 79.


—  Então o que a gente vai fazer, Lucas? Amigo, daqui a pouco eu vou sumir… E dentro de você só vão restar memórias, lembranças… Momentos do que um dia fui eu, seu melhor amigo Daniel… —  Ele falou de um jeito dramático que arrancou as risadas de Lucas. —  Mas espera, e se… E se a gente não precisar do meu tio pra apresentar os dois? E se for a gente mesmo, nós dois os encarregados de fazer isso?


—  Caramba… Seria muito poético o filho apresentar os próprios pais sem ele saber!


—  Não é? —  Daniel se animou com a ideia e então os dois começaram a pensar.


Faltavam apenas algumas horas para a virada, e segundo a história da família, os pais de Daniel se conheceram através do tio Guilherme que era amigo de João Novais, o que facilitava as compras fiado que ele fazia na padaria. João estava sem programa para a noite, mas Guilherme em troca de mais alguns pedidos pendurados em sua conta, o convidou para passar a virada em sua casa, e lá, apresentou João à sua irmã, a mãe de Daniel.


—  Agora é fácil, é só a gente chamar ele pra ir lá em casa, quer dizer, pra casa da minha vó que foi onde sempre teve as festas e pronto!


—  Tá, mas quem é aquela outra mulher ali? —  Lucas apontou pra dentro da padaria onde via uma mulher loira conversando com João. Ela estava quase se debruçando pelo balcão e ele a correspondia.


—  O quê? Mas que baixaria é aquela? Ele é casado! —  Daniel exclamou e cruzou os braços vendo aquilo.


—  Bora entrar lá rápido e fazer o convite. Como você falou que ele não tinha nada pra fazer, certeza que ele vai topar!


—  Ir até a casa de estranhos depois de ser convidado por dois garotos esquisitos cujo um ele derrubou e o chamou de pai?


—  É?! —  Lucas confirmou olhando para o Daniel como se aquilo fosse óbvio. —  A gente tá nos anos 70, amigo. Todo mundo confia em todo mundo!


Daniel sorriu e depois que a mulher saiu da padaria, eles entraram para falar com João.

—  Senhor… Quer dizer, João, é que…


—  É que sabe o que é pa… quer dizer, João, lá em casa, a gente tem uma tradição muito engraçada na virada do ano que é comer pão quando bate a meia noite! É que os antigos dizem que nos ingredientes dos pães tem algo secreto que ajuda a trazer muita prosperidade pro ano que se inicia, você sabia disso? —  Daniel perguntou enquanto inventava a maior lorota e Lucas o olhava segurando o riso, mas tentando passar credibilidade.


—  É mesmo? Papagaios! E eu que faço pão o ano todo nunca soube disso… Mas sim, e o que tem?


—  É que como você trabalha aqui e também é padeiro, que tal ir passar a virada lá na minha casa? Assim você pode levar uns pães pra gente fazer a tradição e de quebra você ainda arruma um lugar pra ir, já que tava sem nenhum.


—  Como você sabia disso? —  Daniel gaguejou e Lucas desconversou. —  Mas, vou ter que recusar, meninos! Já vou sair hoje, e com uma gata… Hahaha! —  Ele falou de um jeito um tanto convencido e Daniel se revoltou.


—  O quê? Gata? Mas você não pode ir! Vai ter alguém esperando por você hoje.


—  O quê?


—  Amigo, amigo, amigo… Uma licencinha rapidinho por favor, seu João! —  Lucas foi arrastando o amigo até a entrada da padaria. —  Amigo? Perdeu a noção? Dan, ele não pode desconfiar de nada. De absolutamente nada. Se ele descobre que você é filho dele então, imagina o colapso que isso vai dar!


— Lucas, você não tá entendendo, eu reconheci aquela mulher, ela é a melhor amiga da minha mãe! Ela até hoje vai lá em casa… Não acredito nisso.


—  Talarica…


—  Pois é! A gente precisa impedir isso. —  Daniel tenta andar, mas Lucas o segura.


—  Tá, a gente tem que impedir isso sim, mas não correndo o risco de tudo virar cinzas. A gente precisa ser mais inteligente! E eu não vou te deixar voltar lá de novo, nem que eu tenha que te levar carregado daqui.


—  Ah, por favor, vai! —  Daniel cruzou os braços e revirou os olhos de um jeito engraçado e seu amigo riu.


Os dois foram para a calçada da casa que era parecida com a de Daniel para pensarem num plano. Várias opções haviam sido ditas, mas nenhuma foi considerada.

Durante isso, a noite foi começando a cair e as pessoas vestidas de branco foram começando a movimentar a rua.

Mais tarde, nada ainda havia passado pela cabeça dos dois, a desesperança estava tomando conta.


—  É… não vai ter jeito, eu vou sumir mesmo essa noite. —  Daniel falou com o queixo apoiado nos joelhos enquanto Lucas ainda tentava pensar num plano.


—  Amigo, não fala assim.


—  Lucas, falta meia hora pra virada e nada ainda! Não sei mais o que fazer, acho que tenho que começar a aceitar que…


—  DAN! —  Ele se assustou com o grito do amigo que apontava pra padaria. —  Seu pai ainda não tinha saído de lá, ele tá saindo agora, vestido pra festa…


—  Caramba, ainda? Bem que a mãe sempre reclamou dele ser enrolado.


—  Amigo, a gente passou a tarde inteira aqui pensando e nada. O que você acha de só meter a doida mesmo? 


—  É o quê? Como assim? —  Daniel olhou para o amigo tentando entender seu raciocínio.


—  Não precisa entender, só… Sobe aqui. —  Lucas estendeu seus braços na frente do amigo.


—  Não, o quê? Eu não vou fazer isso… —  Daniel riu e balançou a cabeça.


—  Sobe logo, cara! —  Lucas se apressou e segurou Daniel nos braços indo correndo até o João e fazendo um alarde. —  AI, AI… SENHOR, SENHOR, QUER DIZER, SEU JOÃO, POR FAVOR, ME AJUDA, MEU AMIGO FOI… FOI PICADO POR UMA COBRA, ELE PRECISA DE AJUDA!


—  Cobra? —  Daniel olhava pra tudo aquilo tentando atuar e entrar na onda do amigo, mas era difícil segurar a risada. —  É… Ai, ai… Tá doendo muito!


— COBRA? Vixe Maria… Isso é muito sério, ele precisa ser examinado urgente! Mas não tem mais nenhum hospital aberto…


—  Não se preocupe não, se eu for morrer essa noite vai ser de outra forma… AI! —  Daniel exclamou depois de seu amigo ter balançado fortemente seu corpo como um sinal de repreensão pelo que ele havia dito.


— Você pode nos ajudar, não é você que entende tudo de cobras?


—  É… Macacos me mordam! Como vocês sabem disso também? Sei não… Tô começando a ficar com medo de vocês dois. E se vocês forem dois alienígenas?


—  Já falavam de alienígenas nos anos 70?


—  Daniel, você acabou de ser picado por uma cobra. Se concentra! —  Lucas sussurrou repreendendo o amigo mais uma vez. —  Você pode vir com a gente pra nos ajudar, seu João!


—  Mas eu tenho que ir…


—  Não, não, vem logo, a saúde do meu amigo é mais importante, ande! —  Lucas foi andando até a casa da avó de Daniel que foi a mesma onde eles passaram o natal no tempo deles e João foi atrás acompanhando. Chegando lá, faltando alguns minutos para a virada, uma surpresa aconteceu.


—  Seguinte… —  Daniel desceu dos braços do amigo e rapidamente apresentou João para a sua mãe Carolina. — Tá vendo essa mulher aqui? É ela que você deve encontrar essa noite, não aquela talarica! Segundo, eu não sei o que aconteceu, mas a gente…


—  Dani, não… —  Lucas tentou impedir, mas já era tarde demais. Daniel iria confessar tudo.


—  Silêncio, amigo. O veneno da cobra tá fazendo efeito e tá atingindo rápido meu cérebro. —  Lucas ainda conseguiu sorrir pela bobagem que seu amigo disse, sendo que não havia cobra nenhuma nem veneno nenhum.


A verdade é que os dois já estavam mais pra lá do que pra cá nessa aventura.


—  Espera aí, espera aí, e a cobra? E a picada de cobra que você levou? —  João perguntou extremamente desconfiado.


—  Não teve cobra nenhuma, a única cobra aqui é aquela sua amiga! —  Daniel apontou pra sua mãe se referindo a aquela mulher loira, a melhor amiga de sua mãe e que deu em cima de seu pai horas antes na padaria. —  É o seguinte… —  O toque da campainha o interrompeu mais uma vez e Carolina foi atender.


Quando ela abriu a porta, se deparou com seu irmão Guilherme. Lucas e Daniel se olharam assustados, pois não era o Guilherme daquele tempo, dos anos 70, que aparecia nas fotos daquela casa. Era o Guilherme do tempo deles, que apareceu na casa de Daniel na manhã de natal.


—  IRMÃO? IRMÃO, GUILHERME? O QUE ACONTECEU COM VOCÊ, VOCÊ SUMIU O DIA TODO, EU FIQUEI PREOCUPADA!


Ela ajudava o irmão que cambaleava enquanto todos olhavam. João o ajudou a se sentar no sofá e ele pôs as mãos na cabeça.


—  Eu… Eu não tenho muito tempo, escuta… Daniel, venha aqui! Se agacha. —  Ele disse com dificuldade e chamou o garoto com as mãos que se abaixou pra ficar no mesmo nível. —  Daniel, eu falhei com você… Eu sou seu tio, eu não passei muito tempo com você porque faleci dias antes de você nascer, mas hoje, nesse dia antes da virada pra 79 eu devia ter te dado um presente. Eu devia ter deixado separado nas suas coisas pra no futuro você encontrar esse presente. Um presente que eu mal sabia que seria pra você de fato, que eu mal sabia que um dia você, de alguma forma, iria me cobrar ele.


—  Quê…? Como assim? —  Daniel estava pálido. Aquela conversa havia ganhado um tom sério e sinistro repentinamente. O garoto não entendia nada e Lucas olhava para tudo aquilo atônito.


—  Escuta… Eu ganhei um relógio, sim, esse mesmo relógio que tá no bolso do seu amigo Lucas! —  Ele apontou e Lucas tirou o relógio do bolso em choque. —  Eu acompanhei sua vida desde que você nasceu, soube que teria que te amparar e te proteger, essa foi a missão que eu recebi logo depois que morri. O seu bisavô, meu avô, o cara que me deu esse relógio me disse que ele deveria ser passado para o próximo membro homem da família, que seria você. Esse relógio era dele, e esse era um desejo dele e eu não cumpri, me fiz de desentendido. 


— E aí? —  Lucas indagou, já estava imerso na história.


— E aí que se não fosse a minha ganância e ambição em vida, meu egoísmo, eu poderia estar aqui hoje… Poderia ter sido seu tio, te protegido e amparado em vida, não… assim.


Daniel já estava com os olhos marejados. Mesmo sem entender nada, ele sentia uma veracidade em cada fala do seu tio.


—  Então eu juntei vocês dois, você e seu melhor amigo Lucas, vocês já iam se conhecer, eu só antecipei isso. Esperei até uma idade adequada e conduzi vocês até esse momento, pra que o que eu fiz pudesse ser reparado.


Ele então tira do bolso outro relógio que aparentava estar completamente novo, completamente diferente do que Lucas segurava nas mãos. Um relógio do século XIX, dourado, brilhante e reluzente. Atrás estava uma pequena frase de seu avô e Guilherme o entregou para Daniel.


—  Toma, ele é seu! Foi meu, agora é seu. Tem um valor inestimável, mas não se compara ao valor emocional e histórico que ele tem.


Daniel pegou o relógio e já estava emocionado. Abraçou seu tio enquanto todo mundo olhava sem entender nada.


—  Agora eu posso ir em paz! —  Guilherme sorriu com os olhos também marejados.


—  Mas e eles? —  Daniel perguntou se referindo ao que aconteceria com o resto de seus familiares. Presenciar isso causaria um colapso gigante na linha do tempo.


—  Eles vão esquecer de tudo, menos você e seu amigo. —  Guilherme então abraçou mais forte seu sobrinho e começou a se desintegrar, virando luz. 


Aquele pequeno espetáculo de luzes acontecendo na casa da avó de Daniel estava deixando todos ali completamente sem reação. Em poucos segundos, o que antes era Guilherme, o tio de Daniel ali presente, agora eram pequenas faíscas de luz roxa se fundindo com o ar. Ele havia se regenerado.


Lucas foi até seu amigo que estava em prantos e o abraçou, logo depois disso os dois também desintegraram e junto deles, todo o resto daquele cenário.


Alguns minutos depois, eles apareceram novamente naquela casa, agora sem ninguém poder vê-los e ficaram apenas de observadores. Presenciaram como foi aquela virada de ano e o início de 1979, onde os pais de Daniel começaram a relação que resultou em sua vida.


Depois daquela noite, os dois adormeceram vencidos pelo cansaço e quando despertaram, acordaram na casa de Daniel, no mesmo momento em que saíram, no final do ano de 2024.


— Bom dia amigo! —  Lucas cumprimentou depois de descer as escadas.


— Bom dia! —  Também cumprimentou Daniel, descendo as mesmas escadas. —  Amigo, você não vai acreditar no sonho que eu tive!


—  Espera! —  Lucas foi até a porta verificar se não havia ninguém lá e confirmou que diferente da ultima vez, não tinha nenhum homem caído na porta da casa de seu amigo.


Lucas conversou com seu amigo que, diferente dele, não lembrava com muita vivacidade do que tinha acontecido, talvez pela grande carga emocional que aquele momento teve.


—  Então não foi um sonho?


—  Não, aconteceu mesmo. Você ganhou um relógio que deveria ser seu e libertou a alma do seu tio Guilherme, o mesmo que apareceu aqui na sua casa depois do natal.


—  Caramba… Amigo, espera aí, onde você vai? —  Daniel indagou seguindo Lucas que saiu da casa e foi até a padaria Pão Nosso de Cada Dia com uma certa pressa nos passos. —  Ei espera, de uma coisa eu lembro, você pediu um papel e um lápis pro atendente da padaria… Pra que era? O que você tinha escrito?


—  Espera… —  Lucas parou na frente daquele buraco e se jogou. Era um pequeno porão nos anos 70 e nos anos de 2024 não era diferente. Daniel ficou olhando estranhando tudo aquilo e vendo o amigo dentro daquele buraco fuçando em meio a umas caixas todas bagunçadas. —  Espera… Achei! ACHEI!


—  O que foi amigo? O que é isso? O que é isso? —  Daniel perguntou apressado.


—  OS NÚMEROS DA MEGA DA VIRADA. EU GANHEI! EU GANHEI, NA VERDADE, EU AINDA VOU GANHAR! EU SOU MILIONÁRIO, AMIGO. EU SOU MILIONÁRIO!


Daniel ficou olhando aquilo sem entender nada, até que Lucas completou:


—  Quer dizer… A GENTE TÁ MILIONÁRIO, DAN! EU VOU DIVIDIR CONTIGO, A GENTE TÁ MILIONÁRIOOOOO!


Lucas subiu pra superfície e começou a pular e abraçar o amigo sem parar, que logo entrou na onda. Daniel não acreditava que naquele momento que Lucas, em um ar de mistério pedindo um lápis e papel, anotou os números da mega sena da virada daquele ano que ainda viria a acontecer e escondeu dentro do buraco que ele caiu quando passou por ali da primeira vez.


Os dois comemoraram sem parar e assim, a grande aventura de ano novo dos dois amigos se concluiu. O Universo os presenteou com essa recompensa que veio através da ideia de Lucas após os dois terem cumprido essa missão.


O ano novo também pode ter magia!


 
 
 

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